Pirâmide de desvios e a prevenção de acidentes no trânsito

Sejam seus motoristas novatos ou experientes, tendo sofrido acidentes ou não, é preciso estar sempre muito atento e monitorar sua condução.
29/09/2020
4 min de leitura

Garantir a segurança operacional dos motoristas, da frota, da carga e de todos os envolvidos no processo de entrega dos produtos é um dos grandes desafios do gestor de frota.

Muitas vezes, por possuírem motoristas antigos e experientes na frota, ouço gestores falando que não precisam se preocupar com a forma como esses motoristas estão dirigindo, porque eles nunca sofreram um acidente. Porém, isso é um grande engano.

Por isso, sejam seus motoristas novatos ou experientes, tendo sofrido acidentes ou não, é preciso estar sempre muito atento e monitorar como eles estão conduzindo os veículos. Crie uma cultura de segurança na sua equipe.

Neste artigo, vamos falar de uma algumas ferramentas muito usadas na segurança do trabalho, a Pirâmide de Dupont, a Pirâmide de Bird e a Lei de Heinrich e como essas ferramentas podem ser aplicadas na gestão de frotas a fim de aumentar a sua segurança. Boa leitura!

A lei de Heinrich

Existe uma grande verdade sobre acidentes. Os acidentes não ocorrem por acaso, sem justificativa ou motivo. Sempre haverá uma causa para que um acidente ocorra.

Ainda nos anos 30 Hebert William Heinrich, um dos pioneiros em segurança industrial dos EUA, publicou um livro chamado Industrial Accident Prevention (Prevenção de Acidentes Industriais, tradução livre) e a análise realizada por ele tornou-se conhecida como Lei de Heinrich.

Heinrich analisou cerca de 75 mil acidentes de trabalho em relatórios submetidos a seguradoras americanas e concluiu que para cada acidente sério de trabalho haviam ocorrido 29 acidentes pequenos e 300 acidentes sem ferimentos.

Além disso, Heinrich acreditava que esses acidentes que todos esses acidentes tinham uma causa, para ele não havia infortúnio. Analisando os dados, Heinrich concluiu que as principais causas de acidentes eram:

  • Personalidade do trabalhador;
  • Falha humana no exercício do trabalho;
  • Prática de atos inseguros;
  • Condições inseguras no local de trabalho.

Ao analisarmos as principais causas de acidentes de trânsito no Brasil vemos que a análise de Heinrich permanece atual, uma vez que os 10 principais motivos de acidentes no Brasil estão dentro das causas de Heinrich.

A Pirâmide de Bird

Ao longo da década de 60, Frank Bird Jr aprofundou os estudos realizados por Heinrich, analisando mais de 90 mil acidentes de trabalho na siderúrgica Luckens Steel. Bird não analisou apenas acidentes que provocaram danos a pessoas, mas também danos ao ambiente e ao patrimônio das empresas.

Bird então chegou a uma nova proporção de acidentes: a cada 500 acidentes com danos materiais, ocorrem 100 acidentes com danos leves ao trabalhador e 1 acidente fatal. Ele observou que além dos acidentes com danos pessoais analisados por Heinrich, havia acidentes sem danos ao indivíduo, porém com danos ao patrimônio.

A Pirâmide de Dupont

A análise de Heinrich e Bird estavam com suas atenções voltadas para casos de perdas indenizatórias, então a empresa DuPont criou uma nova pirâmide de desvios, agora focada na prevenção de acidentes.

A empresa então considerou as seguintes proporções: 1 acidente fatal – 30 acidentes com afastamento – 300 acidentes sem afastamento – 3000 quase acidentes – 30000 desvios.

Esta é a pirâmide que será usada para analisar a segurança em uma operação de frotas.

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Fonte: Falando de Proteção.

Essa pirâmide mostra a importância de se registrar todos os eventos relacionados a segurança e depois tratá-los de maneira adequada. No caso de uma operação de frotas, registrar todos os dados do modo de condução do motorista e avaliá-los em busca de possíveis desvios, fazendo assim uma gestão dos riscos operacionais.

Infelizmente, quando há uma sequência de desvios de excesso de velocidade, acelerações, frenagens e curvas bruscas, você pode esperar que um acidente mais grave está próximo de ocorrer.

Um excesso de velocidade, uma aceleração, frenagem ou curva brusca que seja realizada entra na contabilidade de desvios realizados pelo motorista, que eventualmente podem se transformar em um acidente mais grave caso esse comportamento não seja corrigido logo cedo.

Assim, a melhor forma de aumentar a segurança e reduzir riscos em sua operação é trabalhar na base da pirâmide e não no topo. É preciso trabalhar no controle e prevenção dos pequenos desvios que ocorrem diariamente, antes que eles se tornem grandes acidentes, com prejuízos de vida e também financeiros para a organização.

Importância da telemetria na gestão de frota

Com o uso da telemetria para diminuir acidentes na gestão de frota, a empresa tem acesso a informações valiosas como: distâncias percorridas, excessos de velocidade, consumo de combustível e muito mais. Situações essas que podem impactar diretamente nos custos da operação.

É possível ainda otimizar as atividades, os processos e tomar decisões mais assertivas, ou seja, tudo passa a ser mais estratégico e inteligente. Além disso, monitorar os veículos e os motoristas em tempo real, podendo agir a qualquer momento se for necessário, traz uma maior segurança para a frota e coloca a empresa à frente das demais no mercado.

Aliás, a telemetria contribui indiretamente com a sustentabilidade. Isso porque auxilia no planejamento de rotas mais eficientes, nas manutenções preventivas e na orientação dos condutores com maus hábitos de consumo, ao comunicar evitar o veículo parado com o motor ligado, entre outros. E essas práticas reduzem a poluição causada pelos automóveis.

Como a telemetria colabora na diminuição dos acidentes?

Segundo o Ministério da Infraestrutura, um estudo aponta que mais de 50% dos acidentes de trânsito são causados por falhas humanas. Os dados da pesquisa do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação revelam que 53,7% dos acidentes são causados pela negligência ou imprudência dos motoristas, seja por desrespeito às leis de trânsito (30,3%) ou falta de atenção do condutor (23,4%).

Conforme o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito entre os anos de 2018 a 2022 foram registrados 3.474.119 acidentes e 95.282 mortes. Sendo que em 2021 o total foi de 882.309 acidentes e 20.391 mortes. E só no primeiro semestre de 2022 já foram registrados 96.317 acidentes e 1.533 mortes.

Aproveite para conferir mais sobre o assunto neste episódio do nosso podcast:

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